"AS TREVAS DO MEIO AMBIENTE, LEVAM AS TREVAS DA CORRUPÇÃO SOCIAL E LEVAM FINALMENTE AS TREVAS DO CORAÇÃO"
Num período cultural em que todas as verdades e superioridades sociais estão se desestabilizando, algumas até mesmo desaparecendo, o texto literário serve de reflexão sobre essas modificações no decorrer do tempo. Pensando o enfrentamento entre o objeto colonizador e sua relação/reação com o dominado, especialmente no cenário do século XIX, encontramos no romance de Joseph Conrad, O Coração das Trevas, um corpus literário riquíssimo no qual esse trabalho visa concentrar sua análise. Se concordarmos com a afirmação de Edward Said, em Cultura e Imperialismo, de que o Oriente se cria a partir do Ocidente, em Conrad percebemos como essa criação ocorre na medida em que o processo civilizatório é brutal e enlouquecedor. A análise proposta nesse ensaio não visa definir por meio de uma obra literária conceitos como de Nação, Cultura ou Identidade Social, conceitos já compreendidos como amplos e mutáveis e impossíveis de serem unitariamente definidos. Antes, o que propomos é um diálogo entre a análise que o teórico pós-colonialista Edward Said faz do processo de colonização e uma representação literária que argumenta positiva/negativamente ao descrever os processos dominadores conhecidos como civilizatórios, nesse caso o romance de Joseph Conrad, O Coração das Trevas.
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